Deus quis realizar os seus maiores prodígios por meio de Maria Santíssima, desde a eternidade a escolheu para ser mãe de seu Filho, em vista de tal missão foi enriquecida de virtudes, graças e méritos que não podem ser medidos humanamente, pois o berço que o Salvador tomou carne é da autoria e posse do Altíssimo.
A Virgem Maria recebe na Anunciação o verbo Divino no seu coração e em seu corpo por obra do Espírito Santo, seu corpo santo e imaculado não recebeu a corrupção do pecado em momento algum da gravidez do Salvador (cf. DOGMA IMACULADA CONCEIÇÃO). A graça de Deus na Senhora das Graças encontra por permissão divina uma fecundidade inextinguível, visto ser Ela o ser humano que mais se aproximou do divino e que de longe ultrapassa todas as criaturas. São Luís Maria Grignion de Montfort no Tratado da Verdadeira Devoção, cap. 1, art. 22 nos diz que: “Deus Pai não deu ao mundo o seu filho senão por Maria”.
A graça do Pai irradiava a Cristo por meio da Virgem Maria, e Ele (Cristo) compreendendo a predileção do Pai para com a sua santa Mãe, dedica-lhe trinta anos de sua vida à sua escuta, observância e imitação. Não se quer dizer com isto que Jesus não possuía tal graça, do contrário Ele é Deus assim como o Pai é, e possui os dons, as graças e o poder na mesma proporção. A presença da Virgem Maria era tão preciosa aos olhos de Jesus, que Ele não hesitava em lhe devotar seu tempo, pois contemplava Nela à complacência do Pai e assim conserva-se até a eternidade, visto que "a graça aperfeiçoa a natureza e a glória aperfeiçoa a graça". (cf. TVD 27)
Os evangelistas narram alguns poucos momentos da presença da Virgem Santíssima na vida pública de Jesus, mas estes curtos momentos atingiram o ápice do amor entre um filho e uma mãe, existia entre eles uma cumplicidade filial e um terno amor. O poder e a glória de Deus se derramavam sobre o místico Lar de Nazaré, e a obediência da Mãe e do Filho fazia brilhar a glória de Deus. A maternidade divina da Mãe do Verbo Encarnado foi o maior tesouro que Ela possuiu.
O próprio Cristo nos convida a uma intimidade com a sua Mãe Santíssima, é necessário aprender com Ela aquilo que lhe é agradável e conforme a vontade divina, para adentrar nos mistérios do seu Sagrado Coração e ser digno da pátria celeste. Aquele que se reveste do manto sagrado desta Boa Mãe e procura exalar o perfume de suas virtudes, certamente agradará a Jesus e terá a recompensa da vida eterna na Jerusalém Celeste.
Conhecer e imitar Nossa Senhora é desejar a santidade de forma plena!
Referências:
CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II. Lumen Gentium: constituição dogmática sobre a Igreja. 21ª ed. São Paulo: Paulinas, 2009. p. 117.
MONTFORT, São Luís Maria Grignion de Montfort. Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. 31ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
Mônica Mariana
Missionária DMD, graduanda do curso de Teologia.
Para citar este texto:
Mônica Mariana - "A Virgem Maria no mistério de Cristo"
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2011/01/virgem-maria-no-misterio-de-cristo.html
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2011/01/virgem-maria-no-misterio-de-cristo.html
Online, 12/01/2011 às 19:56h
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