A Virgem Maria que na Igreja “ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós”. (VI PAULO, 1963 apud Lumen Gentium, 2009, 21ª ed, p. 119) é verdadeiramente mãe de todos os membros da Igreja. São Luís Maria Grignion de Montfort no Tratado da Verdadeira Devoção, cap. 1, art. 30 nos diz que: “Nenhum membro do corpo místico de Cristo pode ter outra mãe senão Maria Santíssima, visto ser Ela a mãe da Cabeça da Igreja, Cristo”. Entende-se por uma questão lógica que na ordem da graça a cabeça e os membros são gerados por uma só mãe.
A sua candura e intercessão de Mãe em todos os tempos socorre os homens em meio as suas necessidades, a devoção popular do povo de Deus reza que “nunca se ouviu dizer que aqueles que tenham recorrido a sua proteção tenham sido desamparados”. Como uma Boa Mãe conduz, orienta e zela pela Igreja de seu Filho, particularmente na santificação de seus membros, os quais voltando os olhos para a Senhora das Graças devem empenhar-se em imitá-la a fim de agradá-lo.
Os apóstolos foram os primeiros a compreender a mister maternidade espiritual de Maria para com a Igreja. Depois da ascensão de Cristo buscavam refúgio, consolo e orientação na Mãe da Esperança, contemplavam Nela a figura do perfeito discípulo de Cristo, o qual movido unicamente pela fé despoja-se de seus interesses e direciona toda a sua vida ao querer divino.
A sua dignidade de ser a Mãe de Deus a fez participante do mistério central de Cristo, na cruz Ele nos deu por herança a sua Santa Mãe, lhes concedendo a missão de nos elevar a Ele. Em Maria Santíssima a Igreja recebe uma feição materna, Ela fora a escolhida para gerar o Filho de Deus, enquanto a Igreja imitando a sua maternidade gera-O nas almas.
Os cristãos movidos de uma terna e filial confiança na Mãe da Igreja devem dirigir-se a esta boa Mãe e suplicar-lhe a graça de “fazer tudo o que Ele nos disser”, buscando a exemplo Dela uma vida voltada para a sua maior glória e o firme propósito de servi-lo de todo o coração.
Despojados de toda e qualquer presunção para com a figura materna de Maria que longe de obscurecer a grandeza de Cristo, exalta-a. Estejamos como os apóstolos “unidos a Ela na oração” (cf At 1,14), publicando os grandes feitos do Senhor e em intensa vigília pela nossa Santa Igreja!
Mãe da Igreja velai pelos teus filhos prediletos e conservai-nos sempre no amor de Cristo, amém!
Referências
CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II. Lumen Gentium: constituição dogmática sobre a Igreja. 21ª ed. São Paulo: Paulinas, 2009.
CANTALAMESSA, Raniero. Maria, um espelho para a Igreja. Aparecida, São Paulo: Editora Santuário, 1992.
AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de. A Virgem Maria - 58 catequeses do Papa sobre Nossa Sennhora/ Papa João Paulo II. Lorena: Cleofás, 2006. 6ª ed.
MONTFORT, São Luís Maria Grignion de Montfort. Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem. Anapólis: Serviço de Animação Eucaristica Mariana, 2002.
Mônica Mariana
Missionária DMD, graduanda do curso de Teologia.
Para citar este texto:
Mônica Mariana - "Maria, Mãe da Igreja"
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2011/01/maria-mae-da-igreja_27.html
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2011/01/maria-mae-da-igreja_27.html
Online, 27/01/2011 às 23:56h
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