Durante
todo o mês de maio, a Igreja Católica homenageia Maria Santíssima. E no segundo
domingo, festejamos nossas mães terrenas. Na primavera europeia, especialmente em
maio, mês em que as rosas desabrocham e florescem, quis a Igreja comemorar a
beleza da vida daquela que é a “Rosa Mística”, como recitamos na Ladainha de Nossa Senhora. É justo e merecido esse
preito de gratidão à Virgem e a todas as mães da terra.
Nesse
dia, desejamos celebrar a ternura, o carinho, a compreensão, o desvelo e a
dedicação ilimitados, em suma, o incondicional amor materno. E nada melhor para
simbolizar e resumir todos esses sentimentos humanos do que a figura de nossa
mãe. Participante do mistério de Deus, representante do Divino entre os homens,
ela encarna a bondade e lembra a vida sobrenatural e nosso destino de
criaturas, filhas do Eterno e Absoluto.
O próprio Cristo, tendo dispensado tantas realidades e bens terrenos,
não se privou do colo materno e do sorriso meigo daquela que Ele nos legou para
ser também a nossa Mãe. “Eis a Tua Mãe” (Jo 19,27), dissera Jesus num gesto de
doação, antes de sacrificar sua vida para nos redimir. O Filho de Deus, melhor
do que nós, sabia que o coração de uma mãe pode expressar a misericórdia divina
para conosco. Assim, o saudoso João Paulo I, numa feliz expressão, afirmara
diante da multidão, na Praça de São Pedro: “Deus
é Mãe”. E Leonardo Boff também
afirmou: “Maria Santíssima é o Rosto Materno de Deus”.
É esse lado divino de nossas mães, que desejamos proclamar no segundo
domingo de maio. É a tradução do amor de Deus num olhar humano, que neste dia
celebramos, ao homenageá-las. A grandeza do Criador não poderia deixar de ser
acessível a todas as criaturas. Sua inefável bondade, sua infinita capacidade
de amar e perdoar não poderiam ficar sem uma representação terrena, à
disposição de todos os homens: simples, cultos, importantes, humildes, doentes,
saudáveis, grandes e pequenos. Deus quis nos deixar um sacramento universal de
seu afeto e sua ternura. Por isso, Ele concretizou o seu plano de amor no
coração das mães.
Por conseguinte, a celebração deste
domingo de maio, entre todos os dias do ano que devem ser dedicados às mães, é
o memorial da sublimidade da vida, lembrança da suprema beleza eterna, que “Deus Mãe” reserva para todos os seus filhos. Mas, era preciso existir um
dia no calendário, em que se pudesse externar a consciência explícita do nosso
reconhecimento por um ser, que participa do mistério da bondade de Deus.
As mitologias greco-romanas e orientais
apresentam deusas-mães. O cristianismo, além de nos revelar “o Rosto Materno de Deus”, dá-nos duas mães: a temporal e a
eterna a fim de nos acompanhar em todas as dimensões de nossas vidas. Mãe é Amor. E Deus também, descreve
São João, na sua Primeira Carta (1Jo 4, 8).
Hoje e sempre, peçamos a Maria Santíssima
que cubra com o seu manto sagrado todas as mães e as abençoe, pois, como Mãe
Divina, conhece melhor do que nós os seus corações, imagem de Deus, ternura
incomensurável e misericórdia sem limites, na face da terra.
Pe. João Medeiros Filho, indigno escravo de amor
Consultor Acadêmico da Faculdade Dom Heitor Sales
Para citar esse artigo:
Pe. João Medeiros Filho - "Mãe: Deus quis ter colo"
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2013/05/mae-deus-quis-ter-colo.html
Sábias palavras, como sempre!! Que a Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe continue abençoando este santo sacerdote, para que a sua sabedoria, que vem de Deus, possa iluminar as nossas mentes e fazer aumentar em nossos corações o puro amor a Deus e a Nossa Mãezinha!
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