terça-feira, 7 de maio de 2013

Mãe: Deus quis ter colo





Durante todo o mês de maio, a Igreja Católica homenageia Maria Santíssima. E no segundo domingo, festejamos nossas mães terrenas. Na primavera europeia, especialmente em maio, mês em que as rosas desabrocham e florescem, quis a Igreja comemorar a beleza da vida daquela que é a Rosa Mística”, como recitamos na Ladainha de Nossa Senhora. É justo e merecido esse preito de gratidão à Virgem e a todas as mães da terra.
Nesse dia, desejamos celebrar a ternura, o carinho, a compreensão, o desvelo e a dedicação ilimitados, em suma, o incondicional amor materno. E nada melhor para simbolizar e resumir todos esses sentimentos humanos do que a figura de nossa mãe. Participante do mistério de Deus, representante do Divino entre os homens, ela encarna a bondade e lembra a vida sobrenatural e nosso destino de criaturas, filhas do Eterno e Absoluto.
  O próprio Cristo, tendo dispensado tantas realidades e bens terrenos, não se privou do colo materno e do sorriso meigo daquela que Ele nos legou para ser também a nossa Mãe. “Eis a Tua Mãe” (Jo 19,27), dissera Jesus num gesto de doação, antes de sacrificar sua vida para nos redimir. O Filho de Deus, melhor do que nós, sabia que o coração de uma mãe pode expressar a misericórdia divina para conosco. Assim, o saudoso João Paulo I, numa feliz expressão, afirmara diante da multidão, na Praça de São Pedro: “Deus é Mãe”. E Leonardo Boff também afirmou: Maria Santíssima é o Rosto Materno de Deus”.
  É esse lado divino de nossas mães, que desejamos proclamar no segundo domingo de maio. É a tradução do amor de Deus num olhar humano, que neste dia celebramos, ao homenageá-las. A grandeza do Criador não poderia deixar de ser acessível a todas as criaturas. Sua inefável bondade, sua infinita capacidade de amar e perdoar não poderiam ficar sem uma representação terrena, à disposição de todos os homens: simples, cultos, importantes, humildes, doentes, saudáveis, grandes e pequenos. Deus quis nos deixar um sacramento universal de seu afeto e sua ternura. Por isso, Ele concretizou o seu plano de amor no coração das mães.
Por conseguinte, a celebração deste domingo de maio, entre todos os dias do ano que devem ser dedicados às mães, é o memorial da sublimidade da vida, lembrança da suprema beleza eterna, que “Deus Mãe reserva para todos os seus filhos. Mas, era preciso existir um dia no calendário, em que se pudesse externar a consciência explícita do nosso reconhecimento por um ser, que participa do mistério da bondade de Deus.
As mitologias greco-romanas e orientais apresentam deusas-mães. O cristianismo, além de nos revelar “o Rosto Materno de Deus, dá-nos duas mães: a temporal e a eterna a fim de nos acompanhar em todas as dimensões de nossas vidas. Mãe é Amor. E Deus também, descreve São João, na sua Primeira Carta (1Jo 4, 8).
Hoje e sempre, peçamos a Maria Santíssima que cubra com o seu manto sagrado todas as mães e as abençoe, pois, como Mãe Divina, conhece melhor do que nós os seus corações, imagem de Deus, ternura incomensurável e misericórdia sem limites, na face da terra.









 Pe. João Medeiros Filho, indigno escravo de amor
Consultor Acadêmico da Faculdade Dom Heitor Sales



Para citar esse artigo:
Pe. João Medeiros Filho - "Mãe: Deus quis ter colo"
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus 

http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2013/05/mae-deus-quis-ter-colo.html



Um comentário:

  1. Sábias palavras, como sempre!! Que a Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe continue abençoando este santo sacerdote, para que a sua sabedoria, que vem de Deus, possa iluminar as nossas mentes e fazer aumentar em nossos corações o puro amor a Deus e a Nossa Mãezinha!

    ResponderExcluir