segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A cheia de graça!

          A saudação angélica constitui um convite à alegria. Maria Santíssima é convidada a se alegrar em Deus pelo amor e  graça a Ela dispensados, em vista de sua missão da Maternidade Divina (cf. DOGMA Maternidade Divina). O anjo a saúda desta forma para exaltar a sua identidade mais profunda, da união com o Senhor, não é simplesmente uma saudação, mas uma constatação, de fato Maria Santíssima fora repleta da graça divina.
“A graça é o favor, o socorro gratuito que Deus nos dá para responder a seu convite: tornar-nos filhos de Deus (cf. Jo 1,12-18), filhos adotivos (cf. Rm 8, 14-17), participantes da natureza divina (cf. 2Pd 1,3-4), da vida Eterna (cf. Jo 17,3).” (CIC 1996
            Não foi apenas cheia de graça, mas cumulada da graça divina. O que implica dizer que Nossa Senhora foi o maior dom concedido a humanidade depois de Cristo, por existir Nela a abundância das graças do Pai Celeste. A graça é aquilo que dá a verdadeira alegria, e se alegrar pela graça significar buscar a alegria em Deus.
Em vista da sua total conformidade ao Altíssimo, da sua Conceição Imaculada, a graça divina encontrou Nela uma abundante fecundidade. A sua riqueza espiritual é um tesouro inextinguível para os cristãos, a graça em Maria nunca cessou, pois Nela não havia mancha alguma do pecado.
Viver na graça significa buscar uma vida de constante união com Deus e um convite à conversão. A figura de Maria é o ícone de uma vida plenificada na graça, a extraordinária ação do favor divino operada Nela nos permite afirmar que esta realidade estava presente não só em sua alma, como também no corpo, a sua beleza exterior era o reflexo do seu interior inflamado pela santidade.
A primeira necessidade daquele que foi agraciado é verdadeiramente “dar graças” e reconhecer a grandeza daquele que o favoreceu, o Magnificat proclamado pela Santíssima Virgem exprime a essência da gratidão que o homem deve ter para com Deus e o modo pelo qual deve ser a nossa vida “A minha alma engrandece o Senhor e se alegrou o meu espírito em Deus meu Salvador”. (cf. Lc 1, 46-47)
Cristo reconhecendo a nossa indignidade de perseverarmos na virtude e sermos fiéis (TVD, 173) nos deu a sua Mãe Santíssima, para que moldando-nos Nela, nos transfiguremos em suas virtudes e esvaziados dos nossos vícios, sejamos repletos de suas graças.

Mãe da Divina Graça, rogai por nós!
 
Propósitos desta semana:
- Pedir a intercessão de Nossa Senhora das Graças e procurar viver suas virtudes no combate aos vícios existentes.
- Vivenciar o que diz o Magnificat.
- Ser canal da graça de Deus na vida de um irmão necessitado, a exemplo de Nossa Senhora  que foi ao encontro de Santa Isabel levando o Autor de toda a graça no ventre.

Referências:
AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de. A Virgem Maria – 58 catequeses do Papa sobre Nossa Senhora/ Papa João Paulo II. Lorena: Cleofás, 2006. 6ª ed.
CANTALAMESSA, Raniero. Maria, um espelho para a Igreja. Aparecia, SP: Editora Santuário, 1992.
ERIN, Luís. Imitação de Maria: o segredo de sermos agraciados por Deus. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2008.
IGREJA CATÓLICA. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2000.
MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria. Anápolis: Serviço de Animação Eucarística Mariana, 2002.



Mônica Mariana
Missionária DMD, graduanda do curso de Teologia.





Para citar este texto:
Mônica Mariana - "A cheia de graça"
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus 

http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2011/02/cheia-de-graca.html
Online, 21/02/2011 às 15:00h

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