domingo, 24 de março de 2013

O Verbo se fez carne...





  
            Celebramos em unidade com toda a Igreja no dia 08 de abril, a Encarnação do Verbo Divino, o fruto bendito do ventre de Maria que se fez carne, tornou-se homem para exaltar a humanidade. Assume aquilo que foi criado para dar-nos a possibilidade de ser o que Ele é. Esse mistério insondável tem a sua natureza mais profunda no amor misericordioso de Deus, que nos ama ao ponto de aniquilar-se a si mesmo tomando a forma humana, para destruir e o pecado e dar ao homem a possibilidade de fazer comunhão com Deus.
                 Para que a Palavra se fizesse homem, o Pai escolhe a Virgem Maria para cooperar com o seu plano de salvação, no sim que ela pronuncia encontramos o ápice da liberdade humana, que se resume em cumprir a vontade de Deus. Ao anúncio do Anjo é possível perceber a reação de Maria, num primeiro momento perturbou-se e ponderou suas atitudes para poder refletir sobre as palavras do Anjo, evidenciando um traço característico de sua pessoa o confronto íntimo com a Palavra (cf. Lc 2, 19.51), num segundo momento é enigmática ao acolher a saudação do enviado de Deus em virtude do contexto judaico que a mesma estava inserida, a mesma não vê segundo a tradução de alguns exegetas a possibilidade de conceber um filho no modo conjugal, visto que a tradição já nos orienta para o voto virginal que ela havia realizado, por fim as palavras do Anjo modelam o modo como à mesma irá assumir a sua missão, pela força do Altíssimo, a sua terceira reação é a de responder ao chamado que lhe foi feito, seguindo a tradição dos Padres da Igreja afirma-se que ela teria concebido pela escuta, através da sua obediência a Palavra nela se tornou fecunda.
            O acontecimento Jesus de Nazaré permeia a história humana inteira, cada homem ao encontrar Cristo, descobre o mistério da sua própria vida (GS 22). Ele é o verdadeiro critério para avaliar a realidade temporal, de modo que tudo deve tornar a vida do homem mais humana. Para os consagrados a Jesus por Maria a festa é celebrada com fiel devoção porque nos recorda o fato de Jesus habitar em Maria, ora se a essência da consagração preconizada por Montfort é a submissão e dependência que o próprio Deus quis ter a sua Mãe Santíssima, nossos corações devem se alegrar pelo fato de sermos chamados a isso. Na imitação da vida e dos sentimentos da Virgem Maria seremos gerados para a vida eterna com Cristo.
            Seguindo a linha de pensamento do amante da Cruz e da Ss. Senhora, digamos com São Luís de Montfort que foi em Maria que Jesus deu ao Pai uma glória infinita, que jamais havia recebido do homem (TVD 248). Cristo elevou a nossa humanidade a glória, percorramos os caminhos de sua Paixão para com Ele ressuscitar!

Glória a Jesus em Maria!
“Ó Jesus que viveis em Maria, vinde e vivei em Vossos servos, no espírito da Vossa santidade, na plenitude de Vossa força, na perfeição de Vossas vias, na verdade de Vossas virtudes, na comunhão de Vossos mistérios, dominai sobre toda a plenitude inimiga, em Vosso Espírito para a glória do Pai. Amém”.

Referências
RATZINGER, Joseph, 1927 – A infância de Jesus/ Joseph Ratzinger; [tradução Bruno Bastos Lins]. – São Paulo: Planeta, 2012.
PAULO II, João. Bula Pontifícia Incarnationis Mysterium – O mistério da Encarnação. Roma, 1998.
VATICANO II, Concílio. Constituição Pastoral Gaudium et Spes. São Paulo: Paulina, 2011. 17ª ed.
MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria. Anápolis: Serviço de Animação Eucarística Mariana, 2002.






Mônica Mariana
Missionária, graduanda do curso de Teologia.







Para citar esse texto:
Mônica Mariana - "O Verbo se fez carne.."
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus 
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com.br/2013/03/o-verbo-se-fez-carne.html

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