segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Consagração Monfortina na Legião de Maria



O sólido apoio do legionário é a Virgem Maria. É necessário firmar-se em Maria Santíssima com inteira confiança. A prática fiel do espírito de dependência de Maria é o caminho real, simples e amplo da humildade, denominado por São Luís Maria, “segredo da graça, conhecido por poucos, capaz de, rapidamente e com um esforço mínimo nos esvaziar de nós mesmos, nos encher de Deus e tornar-nos perfeitos”.
Nenhum santo desempenhou papel mais importante do que este no progresso da Legião. O manual está cheio do seu espírito. As orações são um eco das suas palavras. É realmente o tutor da Legião de Maria, motivo por que a sua invocação é, por parte da Legião de Maria, quase uma obrigação moral. Com base no “Manual Legionário”, escrito a partir da leitura do “Tratado da Verdadeira Devoção a Virgem Maria” o fundador deste apostolado tão intenso e praticado por todo o mundo, recomenda a consagração pelo método de Montfort a todos quais se designarem militantes no exército da Rainha do Céu.
Em seguida Frank Duff enumera em alguns capítulos da Manual Legionário as verdades sobre a necessidade da Consagração a Virgem Maria pelo método Monfortino em sua Legião:

  1. Finalidade da Legião de Maria:
            A Legião de Maria tem como fim a glória de Deus, por meio da santificação dos seus membros, pela oração e cooperação ativa, sob a direção da autoridade eclesiástica, na obra de Maria e da Igreja: o esmagamento da cabeça da serpente e a extensão do Reino de Cristo.

  1. O Espírito da Legião:
 O espírito da Legião é o próprio espírito de Maria, de quem os legionários se esforçarão de modo particular, por adquirir suas virtudes à profunda humildade, a obediência perfeita, a doçura angélica, a aplicação contínua a oração, a mortificação universal, a pureza perfeita, a paciência heróica, a sabedoria celeste, o amor corajoso e sacrificado a Deus e, acima de tudo, a sua fé, virtude que só ela praticou no mais alto grau, jamais igualado.

  1. Oh! Se Maria fosse conhecida!
               Ao sacerdote (leigos) que luta quase desesperado num mar de indiferença religiosa, recomendamos as palavras do Pe. Faber, encontradas no prefácio de “A verdadeira Devoção a Maria” (fonte de inspiração para a Legião), da autoria de S. Luís Maria de Montfort. Ela deu Jesus Cristo ao mundo a primeira vez, e há de fazê-lo resplandecer também segunda vez.

  1. Levar Maria ao mundo
           A devoção a Maria Sstma. realiza prodígios. A nossa preocupação deve consistir em tornar fecundo, semelhante instrumento; numa palavra, deve consistir em levar Maria ao mundo. Como conseguir isto com mais eficiência, senão por uma organização de apostolado? Uma organização leiga, e, portanto ilimitada, quanto ao número dos seus membros; uma organização ativa, podendo por isto penetrar em toda parte, uma organização que ama Maria, com todas as suas forças e que se compromete a infundir esse amor em todos os corações, utilizando para isso todos os meios de ação.

  1. Os deveres dos Legionários para com Maria
                Cada legionário terá, para com Maria, uma profunda devoção, incessantemente renovada por sérias meditações e zelosas práticas. Deve considerar esta devoção como um dos deveres legionários essenciais, e, de todos, o mais importante. A legião tem o propósito de levar Maria ao mundo, porque considera este objetivo infalível de ganhar o mundo para Jesus Cristo.

  1. O Legionário deve estar intimamente unido a Virgem Maria
             Comecemos, para isso, por nos consagrar fervorosamente a Maria; renovemos freqüentemente esta consagração por meio de uma fórmula breve que a resuma, tal como: “Eu sou todo vosso, ó minha Mãe, e tudo quanto tenho vos pertence”. Que a alma ponha em prática, de maneira tão viva como contínua, o pensamento da influência constante de Maria na sua vida, que dela se possa dizer: “Assim como o corpo respira o ar, assim a alma respira Maria”. (S. Luís Maria G. de Montfort)
             Se assim proceder, o legionário encher-se-á de tal modo da imagem e do pensamento de Maria, que formará com Ela uma só alma. Perdido assim na profundidade da alma da Mãe de Deus, o legionário partilhará da sua fé, da sua humildade e da pureza de seu Coração Imaculado e, consequentemente, do seu poder de oração; e há de transformar-se, com rapidez, em Cristo, objetivo supremo da vida de todos. Quando os seus membros se tornarem assim cópias vivas de Maria, a legião pode considerar-se, de verdade, Legião de Maria, cooperadora da sua missão e certa de que com ela vai triunfar.

  1. Imitação da humildade de Maria: Raiz e Instrumento da ação Legionária
                Na escola de Maria, o legionário aprenderá que a essência da verdadeira humildade consiste em reconhecer com simplicidade, sem afetação, aquilo que realmente somos aos olhos de Deus; e sem compreender que, por nós, nada somos e nada temos. Tudo o que existe de bom em nós é puro dom de Deus.
Se a união com Maria é a condição básica, indispensável, a raiz, por assim dizer, da ação legionária, então a humildade é o solo onde esta união deve mergulhar as suas raízes. O legionário, voltando-se para Maria deve necessariamente virar as costas a si mesmo. Maria apodera-se deste movimento, eleva-o e torna-o instrumento sobrenatural de morte para o “eu”, cumprindo-se assim a severa, mas produtiva lei da vida Cristã (Jo 12,24-25).

  1. A intensidade do esforço no serviço de Maria
      O legionário deve depender unicamente de Maria que ela acrescente, purifique, aperfeiçoe sobrenaturalize a sua atividade natural, e faça com que os seus fracos esforços sejam capazes de realizar aquilo que, álias, lhe seria impossível: obras grandiosas em cuja realização, se preciso for, se hão de cumprir as palavras da Escritura: os montes serão arrancados e precipitados no mar, a terra será aplainada e os caminhos serão endireitados, para se facilitar a entrada no reino de Deus.

  1. Os legionários DEVEM praticar a Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, segundo São Luís Maria Grignion de Montfort.
             É para desejar que a prática da devoção mariana do legionário se revista daquela característica, que São Luís Maria ensinou sob o nome de “Verdadeira Devoção” ou “Escravatura de Jesus em Maria”, e que resumiu nas suas obras “Tratado da Verdadeira Devoção” e “Segredo de Maria”.
            Esta devoção exige um contrato explícito com a Mãe de Deus, pelo qual nos entregamos inteiramente a Ela, com todos os nossos pensamentos, ações e bens, espirituais e temporais, passados, presentes e futuros, não reservando para nós nem a mínima parcela. Numa palavra, o doador coloca-se na situação idêntica à do escravo, que nada possui de seu, em total dependência e à inteira disposição de Maria.
            A verdadeira Devoção abre por um ato formal de Consagração; consiste, porém, e principalmente em viver com, por, em e para Maria Santíssima. Deve ser não um ato passageiro, mas um estado habitual da nossa alma. “Se Maria não tomar posse de toda a nossa vida e não só de alguns minutos ou de algumas horas, o valor do ato de Consagração – mesmo freqüentemente repetido – não passa de uma oração passageira. É como uma árvore plantada que não lançou raízes”.
             Assim como a vida física é regulada pela respiração ou pelo pulsar do coração, sem que disso tenhamos consciência, assim deve acontecer com a V.D.: atuar incessantemente na vida da alma, mesmo que não tenhamos consciência disto. Basta que, de tempos em tempos, recordemos os direitos de propriedade desta Boa Mãe sobre nós, por meio de pensamentos, atos e jaculatórias apropriadas; que de maneira habitual, reconheçamos a nossa inteira dependência dela, sempre vagamente presente em nosso espírito, e que, o nosso comportamento seja uma conseqüência dessa consagração, em todas as circunstâncias da nossa vida.
            Mas a hesitação em fazer a Consagração provém, na maioria das vezes, não tanto das nossas considerações puramente egoístas, como da nossa insegurança. Ao entregarmos a Mãe Amável todos os nossos tesouros espirituais Ela trata de guardá-los, purificá-los e torná-los agradáveis ao Senhor.
                Não vamos mudar a forma externa das nossas orações ordinárias, ou o curso das nossas ações de cada dia, pelo fato de nos havermos consagrado a Maria. Continuemos a empregar o tempo como antes e a rezar pelas nossas intenções habituais e particulares, sujeitos, porém a aceitação da Santíssima Virgem Maria.
                A Consagração à Virgem Maria não obscurece a renovação do trabalho legionário que acontece na solenidade de Acies, do contrário eleva-a a um grau de perfeição. Quanto mais os legionários tiverem os traços de sua Rainha desenhados em seus corações tanto mais poderão ser chamados por esse exímio nome “Legionário de Maria”.

Consagra-te!

Referências:
DUFF, Frank. Manual oficial da Legião de Maria. 1.ed. no Brasil – Concilium Legionis, Dublin – Irlanda, 1993.





Mônica Mariana
Missionária DMD, graduanda do curso de Teologia.








Para citar esse artigo:
Mônica Mariana
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus | A CONSAGRAÇÃO MONFORTINA NA LEGIÃO DE MARIA
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2011/06/consagracao-monfortina-na-legiao-de.html

 

3 comentários:

  1. Salve Maria. Sou consagrada há quase 2 anos, pelo método São Luis Montfort, sou também legionária há 15 anos. Mas, fiquei muito triste me ver que essa consagração Total é muito compreendida pelos diretores Espirituais e alguns Oficiais de conselhos legionários. Eles acham que na Legião só existe uma consagração, a ACIES, que é anual. Como gostaria que a Legião do Brasil divulgasse mais profundamente esta Consagração, como era o sonho de Frank Duff. Divulguem isto por favor. Salve Maria. Sou do Senatus Recife.

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  2. magnificat!so legionaria de Angola e por veses fico triste em ver que nao ha um intercambio emtre legionarios do mundo todo,visto que somos um movimento internacional.

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  3. Salve Maria. Sou legionária de oração. Que o trabalho de Nossa Senhora cresça a cada dia no mundo inteiro. Amém.

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